Por Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha,
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!" só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são urna multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa nos membros da plateia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.
Luiz Fernado Verissímo
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A obra Marcha para Oeste de Evandro F. Ledema e Caio Augusto Rodrigues Silva foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em marchaparaoeste.blogspot.com.
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Da Timidez
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Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha
data:
9/13/2011 12:41:00 PM
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Cinema Brasileiro
Por Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha. Postagem dedicada para Zoé, a francesa. Escritora do Blog Sarava Brazil .
Bem meus amigos, vocês já se perguntaram ,porque o cinema brasileiro é sem graça?
Alguém já ficou entusiasmado com o lançamento de um filme Brazuka. difícil, não é?
Mas vamos lembrar um pouco da história do cinema brasileiro, ao contrário da Europa e EUA, o cinema brasileiro demorou para se desenvolver.
O grande salto de nosso cinema foi a partir da década de 1960. Os filmes desse período, conhecido como Cinema Novo, retratavam a vida real, mostrando a pobreza, a miséria e os problemas sociais, dentro de uma perspectiva crítica, contestadora e cultural. Neste contexto, aparecerem filmes como “ Deus e o diabo na terra do Sol” e “Terra em transe”, ambos do diretor Glauber Rocha. Outro cineasta que também merece destaque neste período é Carlos Diegues, autor de Ganga Zumba.
Mas esse foi o tempo bom, tempo em que os cineastas brasileiros pareciam se preocupar com a qualidade do entretenimento.
No entanto, as décadas de 1970 e 1980, pode ser encarada como uma tragédia do cinema brasileiro.A crítica e os grandes problemas nacionais saem de cena para dar espaço para filmes de consumo fácil, com temáticas simples e de caráter sexual, muitas vezes de mau gosto. É a época da pornochanchada. A qualidade é deixada de lado, e os cineastas, muitos deles sem representatividade no cenário nacional, começam a produzir em larga escala.
Felizmente essa cultura esta mudando, porque cá entre nós, é vergonhoso assistir os filmes brasileiros, é ridículo, normalmente são filmes mesquinhos que a priori não tem propósito, não transmiti conhecimento, sem falar que os valores éticos-morais são deixados de lado, a começar pela linguagem utilizada no filme. Quando assisto um filme brasileiro eu tenho vergonha, será que não temos capacidade de fazer bons filmes, sem colocar a população como vítima de tudo, qual é? Somos ou não somos responsáveis; por acaso o gringo tem que nós ver como um país subdesenvolvido. Esta certo, isso é a nossa realidade, mas não se pode usar isso para ganhar dinheiro. Deixe isso para os documentários. Será que os nossos diretores não tem capacidade? É claro que tem , olhem as nossas novelas( de preferência as das 18:00), elas são boas, e porque não os filmes? Como manda a tradição, tudo no brasil não tem incentivo. Não é diferente para o cinema. Este é nosso país.
Já que eu estou com a emoção, e deixando de lado a razão. Continuemos. Outra coisa que eu acho um absurdo, o cinema brasileiro adora fazer filme da vida dos outros, quer um exemplo? Meu nome não é johnny", outro? "Lula, o filho do Brasil". Se continuar nesse ritmo não me assustarei se fizerem um filme sobre o José Sarney, que tal o título de " Sarney, o padrinho do Maranhão"( um bom título , não é?). Ou também poderiam fazer um sobre Dunga, o título seria: Dunga, Capitão valente. Enfim......são inúmeras possibilidades.......mas vamos deixar isso para o "escroto" Big Brother Brasil ou para a "fazendinha".
Mas não podemos negar que alguns filmes brasileiros são muito bons. Nós temos potencial, falta ação. Precisamos de filmes inteligentes, não só no conteúdo mas também na produção.
E corta....
Bem meus amigos, vocês já se perguntaram ,porque o cinema brasileiro é sem graça?
Alguém já ficou entusiasmado com o lançamento de um filme Brazuka. difícil, não é?
Mas vamos lembrar um pouco da história do cinema brasileiro, ao contrário da Europa e EUA, o cinema brasileiro demorou para se desenvolver.
O grande salto de nosso cinema foi a partir da década de 1960. Os filmes desse período, conhecido como Cinema Novo, retratavam a vida real, mostrando a pobreza, a miséria e os problemas sociais, dentro de uma perspectiva crítica, contestadora e cultural. Neste contexto, aparecerem filmes como “ Deus e o diabo na terra do Sol” e “Terra em transe”, ambos do diretor Glauber Rocha. Outro cineasta que também merece destaque neste período é Carlos Diegues, autor de Ganga Zumba.
Mas esse foi o tempo bom, tempo em que os cineastas brasileiros pareciam se preocupar com a qualidade do entretenimento.
No entanto, as décadas de 1970 e 1980, pode ser encarada como uma tragédia do cinema brasileiro.A crítica e os grandes problemas nacionais saem de cena para dar espaço para filmes de consumo fácil, com temáticas simples e de caráter sexual, muitas vezes de mau gosto. É a época da pornochanchada. A qualidade é deixada de lado, e os cineastas, muitos deles sem representatividade no cenário nacional, começam a produzir em larga escala.
Felizmente essa cultura esta mudando, porque cá entre nós, é vergonhoso assistir os filmes brasileiros, é ridículo, normalmente são filmes mesquinhos que a priori não tem propósito, não transmiti conhecimento, sem falar que os valores éticos-morais são deixados de lado, a começar pela linguagem utilizada no filme. Quando assisto um filme brasileiro eu tenho vergonha, será que não temos capacidade de fazer bons filmes, sem colocar a população como vítima de tudo, qual é? Somos ou não somos responsáveis; por acaso o gringo tem que nós ver como um país subdesenvolvido. Esta certo, isso é a nossa realidade, mas não se pode usar isso para ganhar dinheiro. Deixe isso para os documentários. Será que os nossos diretores não tem capacidade? É claro que tem , olhem as nossas novelas( de preferência as das 18:00), elas são boas, e porque não os filmes? Como manda a tradição, tudo no brasil não tem incentivo. Não é diferente para o cinema. Este é nosso país.
Já que eu estou com a emoção, e deixando de lado a razão. Continuemos. Outra coisa que eu acho um absurdo, o cinema brasileiro adora fazer filme da vida dos outros, quer um exemplo? Meu nome não é johnny", outro? "Lula, o filho do Brasil". Se continuar nesse ritmo não me assustarei se fizerem um filme sobre o José Sarney, que tal o título de " Sarney, o padrinho do Maranhão"( um bom título , não é?). Ou também poderiam fazer um sobre Dunga, o título seria: Dunga, Capitão valente. Enfim......são inúmeras possibilidades.......mas vamos deixar isso para o "escroto" Big Brother Brasil ou para a "fazendinha".
Mas não podemos negar que alguns filmes brasileiros são muito bons. Nós temos potencial, falta ação. Precisamos de filmes inteligentes, não só no conteúdo mas também na produção.
E corta....
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Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha
data:
9/13/2011 12:47:00 AM
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Meia-Noite
Por Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha.
A maior batalha de todos os tempos
está prestes a iniciar e eu estou aqui,
intacto sem nada poder fazer,
inerte em meio a desolação e tristeza de minha alma.
Agora estou deitado em minha cama
Para tentar dormir
E minha alma poder ouvir
Mas a noite é tenebrosa como uma tempestade.....
A cada encruzilhada
Um caminho a ser escolhido
Um caminho a ser desenvolvido
Uma vida a ser trabalhada
Sobrepujando a adversidade
Eu irei buscar a minha paz
E conquistar a felicidade
A batalha finda
O inimigo se aproxima
Enfim.....Não resistirei à tormenta
Sinto o meu coração pulsar
O seu ritmo desacelerar
Logo estarei derrotado
Sinto meu corpo fatigado;o fim aproxima.........
Minha pupila está pesada
Perdi.O sono venceu.
A maior batalha de todos os tempos
está prestes a iniciar e eu estou aqui,
intacto sem nada poder fazer,
inerte em meio a desolação e tristeza de minha alma.
Agora estou deitado em minha cama
Para tentar dormir
E minha alma poder ouvir
Mas a noite é tenebrosa como uma tempestade.....
A cada encruzilhada
Um caminho a ser escolhido
Um caminho a ser desenvolvido
Uma vida a ser trabalhada
Sobrepujando a adversidade
Eu irei buscar a minha paz
E conquistar a felicidade
A batalha finda
O inimigo se aproxima
Enfim.....Não resistirei à tormenta
Sinto o meu coração pulsar
O seu ritmo desacelerar
Logo estarei derrotado
Sinto meu corpo fatigado;o fim aproxima.........
Minha pupila está pesada
Perdi.O sono venceu.
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Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha
data:
9/13/2011 12:27:00 AM
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