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O traço essencial da atitude ideológica é conceder mais importância às idéias do que às coisas. Ou seja, ao contrário da Filosofia, a ideologia pressupõe sempre uma separação entre coisas e idéias. Enquanto na Filosofia, se pretende chegar à verdade das coisas através das idéias, na ideologia estas adquirem valor independente das coisas a que se referem, tomando vida própria. Assim sendo, a atitude ideológica exige, como condição necessária para existir, um erro fundamental a respeito da inteligência humana. Toda a Filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino enfoca a inteligência humana.
Mais do que produtora de idéias, a inteligência é uma faculdade que capta algo. E o que é esse algo que a inteligência percebe? Ora, a Filosofia demonstra que o objeto formal da inteligência é o ser. A inteligência capta o ser das coisas, e as coisas são captadas pela inteligência na medida em que têm ser. Quando a idéia (forma inteligida) produzida pela inteligência corresponde à idéia (forma inteligível) existente na coisa, temos a verdade -- adequatio rei et intellectus, segundo o adágio escolástico.
Uma ,de tantas, característica das ideologias é determinar a teoria pela prática, explicar a realidade com base no mundo que se quer moldar. Tenta-se deduzir o ser a partir do dever-ser. A Filosofia, pelo contrário, procura determinar o dever-ser partindo do conhecimento do ser. É da natureza do homem que a Filosofia colhe a natureza da sociedade, e é a partir do entendimento do fim natural da sociedade que o filósofo vai dizer como ela deve ser.
Contudo o conhecimento filosófico que também movimenta-se estritamente no universo da racionalidade, baseia-se na especulação em torno do real, tendo como objeto a busca da verdade. Por isso, diz-se que é uma atitude. Ele é sistemático, mas não experimental. Vai à raiz das coisas e é produzido segundo o rigor lógico que a razão exige de um conhecimento que se quer buscando a verdade do existente. Nessa busca, o conhecimento filosófico busca os "porquês" de tudo o que existe. É ativo, pois coloca o humano em busca de respostas para as inúmeras perguntas que ele próprio pode formular. Exemplos: Quem é o homem? De onde Ele veio? Para onde ele vai? Qual é o valor da vida humana? O que é o tempo? O que é o sentido da vida? Já o conhecimento científico pode ser alcançado através da observação racional de eventos controlados. É produzido pela investigação científica, através de seus métodos. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através de provas empíricas.
Enfim, ser ou não ser, eis a questão?
A obra Marcha para Oeste de Evandro F. Ledema e Caio Augusto Rodrigues Silva foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em marchaparaoeste.blogspot.com.
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Essência
O traço essencial da atitude ideológica é conceder mais importância às idéias do que às coisas. Ou seja, ao contrário da Filosofia, a ideologia pressupõe sempre uma separação entre coisas e idéias. Enquanto na Filosofia, se pretende chegar à verdade das coisas através das idéias, na ideologia estas adquirem valor independente das coisas a que se referem, tomando vida própria. Assim sendo, a atitude ideológica exige, como condição necessária para existir, um erro fundamental a respeito da inteligência humana. Toda a Filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino enfoca a inteligência humana.
Mais do que produtora de idéias, a inteligência é uma faculdade que capta algo. E o que é esse algo que a inteligência percebe? Ora, a Filosofia demonstra que o objeto formal da inteligência é o ser. A inteligência capta o ser das coisas, e as coisas são captadas pela inteligência na medida em que têm ser. Quando a idéia (forma inteligida) produzida pela inteligência corresponde à idéia (forma inteligível) existente na coisa, temos a verdade -- adequatio rei et intellectus, segundo o adágio escolástico.
Uma ,de tantas, característica das ideologias é determinar a teoria pela prática, explicar a realidade com base no mundo que se quer moldar. Tenta-se deduzir o ser a partir do dever-ser. A Filosofia, pelo contrário, procura determinar o dever-ser partindo do conhecimento do ser. É da natureza do homem que a Filosofia colhe a natureza da sociedade, e é a partir do entendimento do fim natural da sociedade que o filósofo vai dizer como ela deve ser.
Contudo o conhecimento filosófico que também movimenta-se estritamente no universo da racionalidade, baseia-se na especulação em torno do real, tendo como objeto a busca da verdade. Por isso, diz-se que é uma atitude. Ele é sistemático, mas não experimental. Vai à raiz das coisas e é produzido segundo o rigor lógico que a razão exige de um conhecimento que se quer buscando a verdade do existente. Nessa busca, o conhecimento filosófico busca os "porquês" de tudo o que existe. É ativo, pois coloca o humano em busca de respostas para as inúmeras perguntas que ele próprio pode formular. Exemplos: Quem é o homem? De onde Ele veio? Para onde ele vai? Qual é o valor da vida humana? O que é o tempo? O que é o sentido da vida? Já o conhecimento científico pode ser alcançado através da observação racional de eventos controlados. É produzido pela investigação científica, através de seus métodos. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através de provas empíricas.
Enfim, ser ou não ser, eis a questão?
Postado por
Caio Augusto Rodrigues Silva, vulgo Sukinha
data:
12/30/2010 12:16:00 PM
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Com base na obra disponível em marchaparaoeste.blogspot.com.
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