Cães de Guerra


Por Evandro F. Ledema

Tinha acaba de terminar de ler o livro " O que Einstein disse a seu cozinheiro", havia chegado cedo na faculdade e esperava, sem nada para fazer, o começo da aula, de súbito olhei para a biblioteca ,que por casualidade fica em frente a minha sala, fui arrastado ,quase que por uma força invisivel, para seu interior. Enquanto passeava entre as fileiras de livros, pegando um aqui e vendo outro acolá, encontrei um livro escrito "Cães de Guerra " de um autor que nunca ouvira falar: Frederick Forsyth, encarei-o por um curto periodo e resolvi leva-lo.

Ao entregrar para a bibliotecária, ela disse que ele não estava registrado e que teria de ligar para a central e só então poderia libera-lo, após as aulas fui ver se o livro estava pronto para entrar na minha mochila, ele estava! Foi ai que descobrir que ele é bom, não só bom, mas diferente dos que eu costumo ler.

A ideia principal está em torno de mercenário, tanto das selvas quanto das cidades, empresarios e guerrilheiros, o livro mostra os dois lados de uma exploração- extrativismo - e o faz de maneira empolgante. A trama se passa na City de Londres e na Africa, principalmente na republica de Zangaro, local onde é encontrado um mineral que se torna a cobiça e motivo dos cães de guerra.

O livro nos introduz termos africanos, ingleses, franceses e outros em menor grau, nos mostra como funciona o capitalismo dentro de grandes empresas e como pessoas ricas exploram seus empregados e países que estão em formação, sendo controlados por ditadores e uma fraca ideologia.

Posto um trecho onde o autor atraves de um personagem define o centro empresarial de uma determina cidade pela visão de varios tipos, no sentido literal, sendo que ao meu ver é o que ocorre hoje no mercado de trabalho.

Trecho:

"Ele levantou e atravessou a sala até as janelas panorâmicas do lado sul. Olhou então para toda a extensão da City de Londres, a milha quadrada que era o centro da antiga capital e o coração de um império financeiro que ainda se extendia pelo mundo inteiro, apesar do que diziam seus detratores. Para alguns dos insetos agitados que se moviam lá em baixo, vestidos de cinza-escuro e cobertos pelos chapéus-coco pretos, era, talvez, apenas um local de trabalho, enfadonho e cansativo, que exigia de um homem o tributo de sua mocidade, maturidade e meia-idade até a aposentadoria final. Para outros, jovens e cheios de esperança, era um centro de oportunidade onde o mérito eo trabalho árduo eram reconpensados com os prêmios da promoção e da segurança. Para os românticos, era sem duvida a sede das casas dos grandes comerciantes-aventureiros, para um pragmatista, o maiormercado do mundo, e para um sindicalista de esquerda, o lugar os ricos ociosos e indignos, nascidos na opulência e no privilêgio, se refocilavam no luxo. James Manson era cético e realista. Sabia o que era a City. Era pura e simplesmente uma selva e ele, uma das panteras que a habitavam." 

Sobre o autor:

Educado na Tondridge School, e depois na Universidade de Granada, na Espanha, aos 19 anos, começou a servir a RAF (Royal Air Force) como um dos mais jovens pilotos, tendo servido até 1958. Depois começou a trabalhar no Eastern Daily Press como repórter. Em 1961, se tornou correspondente da Reuters em Paris. Trabalhou também na Alemanha Oriental e na Tchecoslováquia, países onde obteve muitas informações que seriam, posteriormente, publicadas em seus livros. Retornando a Londres em 1965, ele trabalhou como repórter de rádio e televisão na BBC, o que lhe proporcionou a oportunidade de conhecer a fundo os grandes dramas da política internacional. Essa experiência no jornalismo o ensinou a ser minucioso e preocupado com as verdades históricas. Como correspondente diplomático assistente, ele cobriu o lado Biafrano da guerra entre a Nigéria e Biafra de Julho a setembro de 1967, e isto forneceu a ele conhecimento de política internacional, e o mundo dos "soldiers" mercenários. Foi este trabalho e a pesquisa relacionada que interessaram ele com verdade histórica. Em 1968 ele deixou a BBC para retornar para Biafra, e ele cobriu a guerra, primeiro como um freelance e depois para o Daily Express e para a revista Time.


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