Divisão do trabalho - parte 3 - Émile Durkheim


Por Evandro F. Ledema

Émile Durkheim,ao contrario de Marx, demonstrava que a especialização do trabalho trouxe uma forma superior de solidariedade, e não conflito. Pelas ideias de Émile existem duas formas de solidariedade: a mecânica e a orgânica.


A solidariedade mecânica, mais comumente nas sociedades menos complexas, na qual o individuo sabe fazer quase todas as coisas de que necessita para viver. Nesse tipo de sociedade o que une as pessoas não é por que uma depende da outra, mas o que une essas pessoas é aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns.

Já a solidariedade orgânica é nascida pela diversidade das funções de cada um, e não da identidade nas crenças e ações. O une os indivíduos nesse tipo de sociedade é a interdependência das funções sociais, ou seja, a necessidade que uma pessoa tem da outra, em virtude da divisão social do trabalho existente em tal sociedade.

Na sociedade moderna a coesão social é dada pela crescente especialização do trabalho, por exemplo: hoje tomamos ônibus que tem motorista e cobrador, compramos diferentes itens de necessidades básicas que são produzidos, embalados, transportados  e comercializados por diferentes tipos de trabalhadores, precisamos tanto do médico quanto do dentista e farmacêutico. Essa dependência que temos de todos os tipos de trabalhadores desde do gari e o lixeiro que recolhe nossos lixos até as pessoas que nos escolhemos para governar cria o que Durkheim define como solidariedade

Se a solidariedade não está acontecendo é por que um ou mais setores não estão cumprindo seu papel de forma correta e eficaz, por isso é necessário um órgão fiscalizador, numa visão ampla esse órgão seria o governo e numa visão pequena seria os chefes de cada departamento de uma empresa.

Então e quando esse orgão fiscalizador não funciona?

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