Instinto x Inteligência


Há tempos eu quero escrever sobre este assunto, mas me faltou inspiração. Vamos ver se sai alguma coisa interessante...

Primeiro precisamos definir as coisas.

Instinto: Impulso espontâneo independente de reflexão. Tendência, aptidão inata.
Inteligência: Conjunto de todas as faculdades intelectuais (memória, imaginação, juízo, raciocínio, abstração e concepção).

Se você não conseguiu ver nenhuma relação entre as duas palavras, pode me dar a mão para formarmos uma grande corrente dos que também não viram... rsrsrs.

Mas estas duas palavras possuem algo em comum e que a definição pura não mostra. Juro que vou tentar ser a mais sucinta possível (e claro ao mesmo tempo).

O instinto é a inteligência animal. É a inteligência que os animais possuem para fazer algo coerente e pertinente à circunstância do momento. Podemos dizer que o instinto é o ensaio da inteligência, pois só se apresenta se corretamente estimulado. Exemplos? Vários (muitos). Pise no rabo de um cachorro e seu instinto o fará lhe atacar. Agiu por instinto ao ser atacado.

A inteligência consiste no domínio do instinto. A mesma inteligência nos recomenda não reagir a um assalto (por exemplo) pois o risco de morte é alto, embora estejamos tremendo de raiva por dentro e numa vontade imensa de dominar o assaltante (dominar foi uma palavra boazinha para expressar a nossa real vontade num momento destes). É óbvio que a inteligência é muito mais do que isto que eu escrevi, mas para o propósito da comparação com o instinto o que eu escrevi é o básico e necessário.

Já que definimos bem uma coisa e outra é hora de refletirmos um pouquinho.

Quando devemos usar o instinto e quando devemos usar a inteligência?

Minha mãe diz uma frase que eu considero apropriada (e que nunca me esqueço): Se atacarmos um animal ele revida o ataque. Deus nos deu inteligência para agirmos diferente!

Não estou dizendo aqui que o instinto é totalmente ruim. Ainda dependemos dele em muitas situações. Um dos mais importantes instintos que temos é o de conservação. Usando o instinto de conservação nos mantemos longe dos perigos. Comumente o chamamos de medo! Mas quando algo nos parece estranho ou amedrontador este instinto se encarrega de nos colocar longe daquilo que classificamos como perigo. É útil, pois se não o tivéssemos com certeza nos arriscaríamos muito e desnecessariamente. Deixaríamos de tomar precauções.

O paralelo que quero traçar aqui (que é o verdadeiro objetivo deste texto) é propor uma identificação clara de quando usamos o instinto quando (na verdade) caberia usar a inteligência (ou razão).

Se alguém nos ofende imediatamente devolvemos a ofensa. Assemelhamos, desta forma, ao animal que reage negativamente ao ataque.

É interessante tentar mapear onde agimos por puro instinto, com a velha desculpa: Fiz sem pensar!

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