Divisão do trabalho - parte 2 - Karl Marx


Por Evandro Fernandes

Para  Karl a divisão social do trabalho é realizada durante o processo de desenvolvimento de uma sociedade, conforme buscamos suprir nossas necessidades estabelecemos relações de trabalho e maneiras de divisão, exemplos:

nas sociedades tribais a divisão era feita entre gênero e idade, com o desenvolvimento do pastoreio e da agricultura as divisões passaram a ser entre quem plantava, quem cuidava dos animais e quem caçava ou pescava.

Com a formação das cidade o trabalho passou a se dividir entre rural e urbana, respectivamente agricultura e comercio - industria, com o desenvolvimento da produção e seus excedentes deu lugar a uma nova divisão entre quem administrava e quem produzia(executava). Para Marx a divisão social do trabalho gera a divisão em classes. Administrador e operário.

Então veio a revolução industrial e a produção em massa com suas novas formas de produção, as maquinas a vapor começaram a fazer parte do cotidiano das industrias. O trabalhador passou a operar um equipamento especializado que não exigia amplo conhecimento, mas só um movimento que seria responsável pelo controle das funções que a maquina ainda não fazia sozinha.

O proletariado só possui sua força de trabalho para vender e caso não a venda o empregador não terá quem operar suas maquinas, essa necessidade entre empregado e empregador Marx chamou de relação entre iguais.

Quando o individuo aceita um contrato (sendo tácito, verbal ou escrito), ele passa a trabalhar um determinado numero de horas para receber um salário, na realidade o trabalhador que tem uma jornada de oito horas diárias, por exemplo, para receber um salario x está trabalhando em excesso, como assim? esse trabalhador paga seu salario prestando o serviço durante quatro a cinco horas por dia o restante de horas ele trabalha para lucro do empregador, sem receber pelo que produz, tal processo sendo chamado de mais-valia. Isso ocorre com qualquer tipo de trabalho caso fosse o contrario o proprietário não teria o por que de construir uma empresa.

Juntando vários funcionários que trabalham numa mesma empresa e vendo o tanto de horas que eles trabalham para lucro do capitalista proprietário, vemos o quão rápido ele passa a enriquecer, com a acumulação de valor-trabalho o empregador passa  ter o que é chamado de acumulação de capital.

Para aumentar seus lucros o capitalista acaba por  aumentar as horas da jornada de trabalho, mais-valia absoluta, ou então a investir em tecnologias que aumente a produtividade do funcionário e da empresa, mais-valia relativa.

Com o tempo os operários passaram a entender que estavam trabalhando mais, seu trabalho valendo menos e ficando cada vez mais miseráveis, o que levou a vários tipos de protestos desde destruição de equipamentos a greves coletivas. O trabalhador passou a entender que com a atual divisão do trabalho eles estavam perdendo cada vez mais sua identidade e passaram a se organizar em convenções coletivas e associações de determinadas classes de trabalho. Evitando serem pressionados a aceitar condições miseráveis e insalubres ou periculosas de trabalho.


1 comentários:

Pedro henrique disse...

muito obrigado me ajudou muito

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